segunda-feira, 4 de junho de 2012

A procura - Capítulo 2





Fazer outros sorrirem quando tudo está ruim
Parece ser bom sinal
De que você pensa nos outros
De que é especial.

Correr atrás dos sonhos dos outros
É o que nossa heroína faz
Está triste e sorri para todos
E nunca olhar para trás.



Capítulo 2 – A biblioteca.


 - Nossa!
 - Não é maravilhoso, Sarah?
 - É espetacular! – os olhos de Sarah brilhavam como dois diamantes.
  Estavam numa biblioteca. Entraram lá pela a porta dos fundos, para não serem pegas.
  Era uma ótima biblioteca. Havia vários títulos geniais. Sarah e Lidia não se limitavam a apenas olhar os livros. Elas os tocavam e os folheavam.
   - Este lugar é mágico! – exclamou Sarah.
   - Sim... Era aqui que meu pai me trazia, quando estava fora da prisão. – dizia com um tom triste.
  - Seu pai está preso? – perguntou a menina, voltando-se para Lidia.
  - Sim. Mas nunca mais o achei. Eu era muito pequena quando ele foi levado embora... Não me lembro muito da aparência dele, mas lembro do jeito dele... – disse Lidia, franzindo a testa, como se estivesse tentando se lembrar. E, depois de uma pausa, completou - Ele me disse que foi preso por tentar fazer justiça. Só não sei por que. Da última vez que o vi ele me disse para correr atrás dos meus sonhos...
   Sarah olhava para Lidia com certa pena. Tinha quase certeza de que o pai de Lidia estava morto. Mas, como Lidia, também não sabia ao certo por que.  Justiça? Talvez ele estivesse metido em coisas de liberdade de expressão ou teatro. Pessoas que lutam por esses motivos são calados pelas pessoas da política.
  E Sarah limitou-se a dizer:
 - E é isso que vamos fazer: correr atrás de nossos sonhos – disse a menina, arrancando um sorriso de Lidia. – Prometa que nunca irá esquecer-se de seus sonhos. Nem dos meus. A partir de hoje, trabalharemos em grupo. Temos um propósito na vida e vamos fazer isso juntas – disse Sarah, apertando a mão de Lidia, como um trato.
 Mas, de repente, ouviu-se um estalo. O barulho era de alguém andando. O chão era de madeira, então mesmo que a pessoa estivesse tomando cuidado para não fazer barulho, era inevitável.
  Então, de repente, viram um coelho. Mas o que um coelho estava fazendo numa biblioteca? Logo depois viram uma menina branca e loira, olhos claros e vestido azul. O nome dela? Alice.
  - Mas é a Alice! – disseram em coro as duas meninas
  Ouviram-se mais passos. Mas, dessa vez, não era o coelho ou Alice. Era o bibliotecário.
  Alice e o coelho voltaram para onde o livro “Alice no país das maravilhas” estava.
 - Suas vermes podres! – gritou o bibliotecário, puxando as duas meninas pelas orelhas.
 - Por favor, senhor, está nos machucando! – dizia Sarah
 - O problema não é meu! Vocês entraram na minha biblioteca! Suas meninas idiotas! – gritava ainda mais o bibliotecário.
 - Não jogue suas frustrações em cima de nós. Sei sua história, senhor. Estamos passando pelo o mesmo que o senhor! Estamos correndo atrás de nossos sonhos! – dizia Lidia, contrariada.
 - Então quer dizer que o sonho de vocês é escrever? Perdoem-me ser tão sincero, mas vocês NUNCA conseguirão! Terão mais sucesso se pedirem esmola nas ruas! Vão embora! – ele dizia, repetindo tudo que disseram a ele há muitos anos atrás.
 Infelizmente, existem pessoas que descarregam suas mágoas em outras, mesmo sabendo que isso dói, é como se fosse um alívio para elas.
 Elas foram embora, correndo, antes que ele fizesse algo ruim com elas. As duas andavam, sem rumo pelas ruas, já escuras, pois já era noite. Estava ficando frio e as duas estavam em silêncio. Sabiam que nunca mais poderiam pisar naquela maravilhosa biblioteca. Mas, Lidia quebrou o silêncio:
- Você acha que será possível?
- O que? – retrucou Sarah.
 - Conseguir realizar nossos sonhos... Correr atrás dele é fácil, difícil é conseguir – dizia Lidia, olhando para baixo.
 - Depois de correr tanto atrás de nossos sonhos, vamos desistir quando estarivermos perto deles?  - disse Sarah.
 - Qual é o seu sonho? – perguntou Lidia
 - Escrever algo que desperte algo bom nas pessoas... – respondeu, num ar melancólico.
 - É, eu também... E conseguir encontrar meu pai... – suspirou Lidia
  As duas estavam paradas, sentadas num banco da praça, olhando para algum lugar distante... Talvez lembranças, ou talvez esperança de um futuro em que realizariam seus sonhos.
 - O que acha de viajarmos? – perguntou Sarah
 - Como? Não temos dinheiro, família nem nada! – protestou Lidia
 - Podemos inventar nossos próprios lugares... – sugeriu Sarah.
 Lidia sorriu e abraçou Sarah. Lidia deixou cair uma lágrima, lembrando de tudo o que já tinha passado na vida... Tantas tristezas... Mas, agora ela tinha uma amiga. Uma amiga de verdade.
  - Não chore – disse Sarah, baixinho – Esses lugares nos levarão até o final da história, onde conseguiremos realizar nossos sonhos e teremos nosso “felizes para sempre”.
  - Mas não quero que acabe... – dizia Lidia, secando as lágrimas – quero que nossa amizade dure para sempre. Quero que nós possamos sempre ter uma aventura para viver, um mistério para desvendar...
 - Nós sempre estaremos juntas. Eu te levantarei assim como você me levantará. E eu nunca, nunca vou deixar com que você desista de seus sonhos.

Escrito por Taiane.

4 comentários:

  1. Olá seu blog é mto fofo. Ja estou seguindo, ok.

    Beijos, querida.

    ResponderExcluir
  2. De cara, já gostei do template cheio de cenas lindaaaassss de Jane Austen! Seu blog é lindo! Sucesso para você ;)

    Eliana Lee
    www.elasleram.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, que bom que você gostou! Eu amo os romances dela! Mas, por enquanto só li um livro, mas já vi quase todos os filmes. Obrigada por seguir, flor! Vou seguir o seu também :)

      Beijos,
      Taiane ^^,

      Excluir